sexta-feira, 14 de maio de 2010

As faces de Maradona

Analisando os álbuns das Copas, dá para perceber que alguns jogadores têm sempre a mesma cara. Não mudam nunca, não importa a idade, quantos anos se passaram. É o caso do goleiro argentino Hector Baley, que já ganhou um post aqui no blog, ou do volante francês Makelele, que além de não mudar sempre saía com o mesmo sorriso amarelo.




Em contrapartida, outros jogadores mudam radicalmente ao longo dos anos, alguns em um curto período, como é o caso (que já virou clássico por aqui) do camaronês Bernard Tchoutang, que nem chegou a jogar em Copas. O gênio do futebol Diego Maradona também é um desses. Disputou quatro copas: 1982, 1986, 1990 e 1994. O envelhecimento é natural, mas com ele, as marcas foram mais acentuadas. Vejam a “evolução” do hermano:

Olhando a figurinha de 82 e a de 94, fica óbvio: ele ficou longe de ser um coroa bem-cuidado. E, de fato, bem-cuidado é a última coisa que Maradona já pensou em ser. Tinha problemas com a balança. Parece ter apostado com o Keith Richards (guitarrista do Rolling Stones) para ver quem usava mais drogas e continuava vivo. Até hoje, nenhum dos dois perdeu, só que os efeitos foram contrários: o músico ficou esquelético e o ex-jogador, hoje protótipo de treinador, inchou.

O título “as faces de Maradona” não se resume apenas à aparência dele nas figurinhas. Afinal, é um jogador que chamou a atenção tanto pelo futebol quanto pelas polêmicas nas quais se envolveu. É um exemplo para qualquer garoto que almeje jogar futebol, mas ao mesmo tempo não é. Os problemas com drogas, atitudes antidesportivas e trapaças mancham a imagem e carreira de um dos maiores jogadores do futebol mundial. Felizmente, o que fica, principalmente para a torcida argentina, são as jogadas geniais, como aquele gol de placa feito após deixar uma fila de ingleses babando em 86. Jogava muito. Mas melhor que o Pelé, também não! Há limites.

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